ABSTRACT
O tratamento do câncer de mama provoca seqüelas físicas e psicológicas permanentes, as quais estão relacionadas ao procedimento cirúrgico. Mulheres submetidas à mastectomia radical modificada podem ter valores emocionais e afetivos alterados. Foi avaliada, por meio de um instrumento validado no Brasil, a auto-estima de pacientes submetidas à mastectomia por câncer de mama. Foram avaliadas 40 pacientes submetidas à mastectomia havia mais de 1 ano. Elas passaram por entrevistas com questionários específicos para auto-estima e para dados sociodemográficos. Outro grupo de 40 mulheres não portadoras de neoplasia mamária e um terceiro grupo com 15 mulheres submetidas a tratamento cirúrgico conservador foram avaliados como controle. Obtiveram-se os valores de p mediante os testes de Kruskal-Wallis, Mann-Whitney e qui-quadrado. Na Escala de Auto-estima de Rosenberg, 27% de todas as pacientes estudadas apresentaram escores superiores a 10, e a média total do grupo mastectomizado foi de 7,9 no grupo de cirurgia conservadora a média foi de 9,8 e no grupo-controle, 4. Esses resultados confirmam a baixa auto-estima das pacientes quando comparadas às do grupo sem neoplasia (p = 0,0001). Quando a mastectomia e a cirurgia conservadora foram correlacionadas por meio do teste de comparações múltiplas, não houve significância estatística. A conclusão foi que a perda da mama, ou parte dela, promove um impacto negativo na auto-estima das pacientes.
The treatment of breast cancer causes permanent physical and psychological sequelae, which are related to the surgical procedure. Women who underwent modified radical mastectomy may have altered affective and emotional values. Was evaluated using a validated instrument in Brazil, self-esteem of patients undergoing mastectomy for breast cancer. We evaluated 40 patients who underwent mastectomy had more than 1 year. They went through interviews with specific questionnaires for self-esteem and demographic data. Another group of 40 women not suffering from breast cancer and a third group with 15 women undergoing conservative surgery were evaluated as controls. We obtained p values by the Kruskal-Wallis, Mann-Whitney and chi-square. Scale Rosenberg Self-esteem, 27% of all patients studied had scores above 10, and the average total mastectomy group was 7.9 in the group of conservative surgery the average was 9.8 and in the control group 4. These results confirm the low self-esteem of patients when compared to those of patients without cancer (p = 0.0001). When mastectomy and conservative surgery were correlated through the test of multiple comparisons, no statistical significance. The conclusion was that the loss of the breast, or part of it promotes a negative impact on self-esteem of patients.